Laura de Jesus
Quantos segundos contados 
pelo marcar do pulso
ora apressados, ora descontentes
no vagar que todas as memórias 
têm e na dor
que muitas arrastam
Não há dia nenhum que 
detenha a memória viva
nem leis nem regras 
que afinem e encaixem 
sentimentos
no politicamente correto
Não há dia nenhum 
em que o teu rosto 
não surja do nada
pra me sacrificar 
ou as tuas palavras 
mordazes
 pra me sangrar
Não há e nem vai haver 
forma de conter o rio
de dor que ficou quando 
decidiste esconder e mentir
omitir ou devassar sentidos e vidas
Sabes, não sabes? 
Que dia nenhum passará 
sem que estejas presente neste rio!
Não haverá dia nenhum 
e nem isso podes impedir.


Comentários
Pôs no celeste a Lua a bocejar
Perdi a conta das estrelas no céu
Ergui-me em bicos para as contar
Voa comigo sobre as emoções
Boa semana
Doce beijo