Nem a luxação me afastou do SG
Fiz uma luxação no joelho direito, após uma queda feia nas bombas da Galp (será que deveria pedir uma indemnização à gasolineira? Aquele tapete de tijoleira não combina com chuva.
Ainda com o joelho quente sem ter a noção exata da dimensão "daquilo", lá fui, a coisa latejava, e fervia, mas ainda assim, a dor aguentava-se. Cheguei sem tempo para sequer um café, embora quem me acompanhasse tivesse quase mendigado à senhora do bar: Olhe que a um café e um pão, nunca se deve dizer não!
Ela sorriu, mas não ficou convencida e avisou: Não posso, porque já deu o 3º sinal de início e depois não entram!!
O palco estava composto por painéis de mãos e a música de início, "Mão na música" contextualizava o cenário. Uma banda profissional, multifacetada e polivalente, bem como o trabalho apresentado.
Este mútuo consentimento levou-nos ao render da sua excelência.
Uma sensibilidade misturada ao humor e contemporaneidade lembram-nos a tempo inteiro do papel do Sérgio na vida social, intervindo e interagindo com quem se deixa contagiar. Dei por mim, apesar da dor, a dançar na cadeira e, só quando me ergui para aplaudir e pedir encore, junto com todo aquele público fascinado é que me dei conta da dimensão daquela queda. Ainda assim, consegui absorver e fascinada me deixei conduzir até ao último tema, cantando com ele: hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
O que seria deste mundo sem sons? Não tenho a mínima ideia, mas posso imaginar o pior.
Agora, já com compromissos cancelados, reuniões adiadas para segunda, dou por mim, de perna estendida e em repouso obrigatório e compulsivo, não me sustento em pé e descobri que tenho um coração, um segundo coração, a latejar na minha rótula e a levar-me ao inferno (jabasulides, gelos e pomadas com secador a improvisar o aquecimento) ...e se a coisa não melhorar, lá terei que ir ao raio x, mas era capaz de fazer um esforço para ir ver o Sérgio Godinho outra vez!
Uma sensibilidade misturada ao humor e contemporaneidade lembram-nos a tempo inteiro do papel do Sérgio na vida social, intervindo e interagindo com quem se deixa contagiar. Dei por mim, apesar da dor, a dançar na cadeira e, só quando me ergui para aplaudir e pedir encore, junto com todo aquele público fascinado é que me dei conta da dimensão daquela queda. Ainda assim, consegui absorver e fascinada me deixei conduzir até ao último tema, cantando com ele: hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.
O que seria deste mundo sem sons? Não tenho a mínima ideia, mas posso imaginar o pior.
Agora, já com compromissos cancelados, reuniões adiadas para segunda, dou por mim, de perna estendida e em repouso obrigatório e compulsivo, não me sustento em pé e descobri que tenho um coração, um segundo coração, a latejar na minha rótula e a levar-me ao inferno (jabasulides, gelos e pomadas com secador a improvisar o aquecimento) ...e se a coisa não melhorar, lá terei que ir ao raio x, mas era capaz de fazer um esforço para ir ver o Sérgio Godinho outra vez!
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