Laura de Jesus
Tempo de chover
Ainda ontem me repetias que o sol não se findaria este Agosto
E me adiantaste os pores-do-sol do nosso dia-a-dia
E hoje, muito a contragosto, muito amargo o gosto,
despencas tempestades e mais agoiros, em fim de dia
Como posso eu acreditar
quando me fazes prenha de expectativas
irrealistas?
Partos interrompidos, prematuridades
Ainda ontem acreditavas poder conter a chuva
dos meus passados nos teus braços
e afinal, choves também tu,
mendigas a belbezu
que me cale os sonhos
que o futuro silencie. Que és inocente.
Não te parece deja vus o presente?
Um tempo recorrente?
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