Cristina Guedes
Ao Pai Natal lá de casa
Atrasada, em cima da hora do teu tempo de antena de leres pedidos...
Pois é Pai Natal, sabes que me porto muito bem e sempre atendo a que na tua mesa, cama e meandros da vida de mãe natal, nada te falte. Ponho as tuas barbas de molho, arejo-te a cabeça quando te tiro o barrete e o visto eu, lavo-te a farda e sabes que detesto o encarnado, quando vens cansado, recomendo-te o descanso e as canjas de galinha velha, etc etc e tal. Este ano resolveste terminar o ano mais cedo e, sem me consultares até me deste presentes que não queria, não precisava e que me souberam bem, sabes o apreço que te tenho, também sabes que não faltam por aí muitas mães-natal pra me substituir (3 de 20) mas há algo que eu quero que não cabe neste ano e que terás que ceder. Trata-se de uma nova viagem literária, mais precisamente ao amor através da poesia. Tenho um amigo lá prós lados das Lisbias, Carcavelos, o Peres Feio de quem já ouviste falar muito, que vai apresentar o seu livro de poesia e que não posso dispensar. Agradecia que, em conjunto, nós parte da equipa, sem trenó e sem renas - renas não permitidas no recinto - possamos nos deslocar lá e adquirir uma voltinha de baloiço. Eu que nunca te peço mais que calma, paciência e ovos moles, venho desta forma, atrasada e pública -ai, que te dá uma coisa - pedir e agradecer pedido satisfeito, sob risco de ter de arranjar novo namorado, se não me satisfizeres. Sei que vais marcar na tua agenda o 14 de Fevereiro :).
Agora, vou-me por na alheta, sabes bem das minhas mondas. Ps. I love you qb.
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