Da revista Maria, a casa 12

 




Se eu tiver um par de cornos, poderei doá-lo? A pensar na herdança e na prevenção da temática: há mar e mar e há ir sem voltar, atirei-lhe eu: vai dar banho ao cão, bobby, dei comigo com o flash quasi cometa de mercúrio rabeta a entrar-se me adentro da casa 3, não a 1, não a 2 mas na três, que veio no embrião da 12. Dos inimigos bandidos, ocultos de covardes, e eu a fazer alarde e mostrei-lhe a porta dos fundos, carregada de fantasmas, eram só osgas, daquelas medonhas, vermelhuças, com dentuça de crocodilo, só que de boca fechada, raios me partam que lhe espetei um murro na trombeta, na minhoca do bravo de mau pêlo, e mandei-o de lambreta, a ver se eu estava a chover em Alverca. E estava! In uterus, como cantava o Cobain que era um gajo do bem. Partilhamos tanto. Partilhemos a verdade. Mas era marte a provocar-me e não me doía, só me cansava, na casa dois sentado, deus da guerra. De tudo, prefiro a paz, mas o que importa mesmo a verdade? Se ela não for bonita, não tiver brilho, toda catita, a dizer ao camarim backstage: oh pá, liga o holofote, quero ver-te do camarote, oh doce joana guimarães, disse o Carrelinhos, que era de alta voltage, na viagem à figueira, mas eu afinfei-lhe com a chave mestra, que a figueira secou, deu-lhe pra esterilidade, depois de tanto "mosto". Muita dinamite pra rastilho tão feio! Mostrei-lhe, pela terceira vez, o dedo do meio. O avô Rodrigo não me pôs de castigo, riu-se à brava que aprendi! Continuando, endireitei as costas e disse-lhe: ah ela é que encomendou a minha morte? Mas não! Era tão somente a Malamén, a pedir uma francesinha com molho à bolhão pato e um trago de javali depois das 10, faxavôre. Na Póvoa de Lanhoso, o ranhoso ria-se à brava, e eu na bairrada, a deleitar-me com o leitão sabidola. Misturei à vodka, gasosa e foi um shot daqueles! Valha-me ao menos a má fama que me precede. A sede idém. E bebi.

- Oh dótôre, diga-me lá se esta diarreia tem a ver com a lampreia que comi? Hepatite não, araldite! Que cola cientistas ao teto desde a queda da bolsa, em 1929. Camilo, faz falta o teu humor, Belmiro quero pêssegos de veludo, Ambrósio Chevallier, vai pra puta que parê!
Eu de skate, eu de patins em linha, a dar voltas à pista, a deixar alpista que é comida de canário, e ele balofo de gordo, a morder o isco e o engodo!
Até mais logo, atirou ele, até nunca mais, rematei. E não me perguntem como sei, só sei que vi tudo, com estes três olhos que a terra não come já.
Quando atravessei a porta da luz de volta à sombra, juro que os inimigos eram só micróbios que o engodo e o ócio alimentam. A mãe pede uma musiquinha.
Ao pátio das Cantigas. A ver se o radialista lhe adivinha o pensamento.
E depois pedi eu, ao home que trago no peito: Dá-me um bêjo à artista, à esquimó, não dois, nem três, carago, um só!





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