O RESSURGIMENTO DA VIDA
O triste e velho cristianismo do dogma, da culpa e da intolerância dará lugar, durante o século XXI, a uma nova espiritualidade inter-religiosa, filosófica, otimista e orientada para o futuro.
A tradição cristã – como outras religiões – pode e deve passar pela morte e pelo renascimento. A disciplina espiritual é difícil e inevitável para quem deseja seguir o caminho místico. Mas não é feito de tristeza ou dogmatismo, mas de liberdade interior, de autorresponsabilidade e de contentamento.
A própria base da tradição cristã é pagã, panteísta e ecológica. As principais datas do calendário cristão são adaptações de feriados não cristãos dedicados à celebração do sol e dos ciclos naturais.
A Páscoa, por exemplo, é comemorada perto do equinócio da primavera no hemisfério norte e do equinócio do outono no hemisfério sul. Nesta época do ano, a noite e o dia têm a mesma duração. A partir da época da Páscoa, o equilíbrio entre luz e sombra é quebrado em favor da luz solar, no hemisfério norte. Por isso, tradicionalmente, a Páscoa é vista como o anúncio de um novo começo e como algo que abre espaço para o ressurgimento da vida em todas as dimensões da natureza.
(Carlos Cardoso Aveline)
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Fragmento da revista “The Aquarian Theosophist”, março de 2024, pp. 8-9. A edição completa pode ser lida aqui: https://www.carloscardosoaveline.com/el-teosofo-acuariano-028-marzo-de-2024/
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