Lídia Pastor
  Ilustrando ficções
  Pegaste no livro e folheaste
  Dizias sempre que não há
  Ela dispensa razões.
  Folheaste até onde se lia fim
  E eu pensei que era precioso
  esse mundo, pois o teu rosto 
  estava agora transfigurado
  por novos contrastes e fundos.
 Então, pelo final da tarde,
 e bem antes de sentares na mesa,
 eu implorava: - amor, conta-me
 Conta-me em que planeta
 andas hoje perdido...
E tu pegavas na minha 
ansiedade e davas-lhe um rumo.
E do meu colo, antes do jantar,
caíam pétalas e perfumes. 
Elfos, ovnis e gnomos.
Estava pronta para mais 
uma rotina, onde, criativa 
e à mão entre panelas
cozinhava mais personagens 
para a nossa ficção.


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