Gira mundis
Andei nas rotinas habituais. Algumas que detesto, por tão execráveis e fastidiosas, como sejam a limpeza da salamandra, escovada e aspirada. Mas antes a melhor de todas, alimentar os meus animais. Colocar roupa na máquina para a lavagem diária. Tomar pequeno-almoço. Lavar dentuça. Tentar ler as parangonas das notícias na transversal, tal como juízes e restantes funcionários estatais. É o comodismo, o laissez faire, laissez passez. O engodo. A engorda da vara de porcos hostis. Com tempo contado. Esse é o melhor dos meus pensamentos, que me ancora aos passarinhos, às borboletas que quero no futuro. Ando a escrever o serpentário, um texto de ficção sobre sombras humanas. Ainda de tarefas diárias, acordar a Eva, senhora minha mãe, para o pequeno-almoço. "Deixa-me dormir mais um bocadinho!" Concerteza. Mas vocês não durmam. Acordem, carago!
A tomada de posse da trampa vinha com excelentes augúrios do fascismo. Ficou comprovado a quem aguardava. A máscara do elo da trampa demonstrou-o, sem pudor e nem vergonha. O símbolo da extrema-direita ficou visível duas vezes. O nazismo está vivo, o fascismo renasce por detrás das vestes de evolução. Acordem. O mundo precisa de todos os cidadãos de bem. Ao ouvir José Millán há dias atrás, fiz rewind ao video para confirmar o que ouvia. Ele crê que os tiros e cowboiadas, crê (de acreditar com vontade que venha a ser verdade), só se passarão para os lados das américas. Mas estas cowboiadas afetarão a todos.
É hora de aterrar. E começar a usar o intelecto como forma de contra-argumentar o que "eles" preparam.
Não se esqueçam que para os poderosos plutocratas, o povo não conta. Nós somos "as marionetas". O que conta é o benefício que nós trazemos à equação. Nós somos o povo. E um pouco por todo o mundo, veremos reerguerem-se os estandartes fascistas sem pudor. Contrariem o fascismo com a vossa verdade. Unam-se. Sejam a retaguarda inesperada. Organizada. E sim, eles estão organizados. Somos um pedaço de carne para canhão, tal como em todas as guerras. As borboletas e os passarinhos, a visão dos vossos óculos cor-de-rosa deve ser guardada. Estejam atentos e sejam astutos. O povo é a maioria. Eles são dez por cento da equação e mais três por cento, se contarmos com a ignorância que eles conseguem mobilizar.
Em Portugal, a carroça vai desengonçada e chegam os vapores do medo e do lambebotismo, veremos "coisas" inimagináveis. O circo ainda está para começar. Plutão na ordem do dia, junto com Úrano e Neptuno. Domem o vosso Marte, por favor. Precisamos dele para a parte positiva do nosso futuro conjunto. Vamos repensar valores e destituir o satus quo vigente?
Caso para dizer: Não tenham medo. O medo produz o avesso do que pretendemos. Hora de ser.
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