A MENTE AO SERVIÇO DO CORAÇÃO




Alguns estudantes procuram manter a lembrança constante do caráter essencialmente correto do seu próprio ser, que está, num nível secundário, sujeito a erros e ilusões. Eles se lembram da presença divina por um tempo e depois esquecem; eles se lembram dela novamente e então brigam. A cada erro eles aprendem mais. Passo a passo, aprendem a receber as vitórias com humildade e as derrotas com autoconfiança. Desta forma, os altos e baixos da “maré cármica” não atingem mais o viajante. No entanto, o progresso é de longo prazo. Uma vida inteira não é suficiente para a tarefa. São necessárias algumas encarnações para que a perceção constante e “instintiva” da presença divina nasça no coração e na mente do caminhante. Então ocorre o amanhecer.

 

Durante uma palestra proferida na década de 1990, um teosofista europeu falou sobre a existência na alma humana de um “instinto de regresso a casa”, um “instinto de regressar a casa”. O que significa a palavra “casa” nesta frase? A alma imortal é a casa. Da alma espiritual vem o raio de luz que inicia cada nova encarnação. E a alma mortal retorna “instintivamente” à alma espiritual após a morte do corpo físico. O eu inferior repousa na alma imortal e nela se dissolve pacificamente enquanto dorme, tal como um bebê dorme nos braços amorosos de sua mãe.

 

O caminho teosófico faz com que o “retorno para casa” ocorra no momento certo durante a vida física e enquanto se goza de boa saúde, através da descoberta profunda da sabedoria divina no próprio coração e na mente. Assim a mente se coloca “instintivamente” a serviço do coração, que representa o sol em pequena escala.

(Carlos Cardoso Aveline)

000

Fragmento da revista “The Aquarian Theosophist”, maio de 2022, pp. 18-19. A edição completa pode ser lida aqui: https://www.carloscardosoaveline.com/el-teosofo-acuariano-mayo-de-2022/

000


Comentários

Mensagens populares