OS TRÊS NASCIMENTOS DO SER HUMANO

 




O estudo da reencarnação, feito do ponto de vista da teosofia clássica, permite-nos obter uma visão completa e de 360 ​​graus do processo de vida, morte e renascimento.

 

Um dos momentos decisivos ocorre com a transferência definitiva da consciência individual do mundo denso da matéria para o mundo astral sutil. Este é o momento da morte física, que, na verdade, constitui outro renascimento. A filosofia teosófica ensina que os seres humanos não morrem, se pelo verbo “morrer” entendemos a cessação da vida. Pelo contrário, o ser humano passa por três tipos de nascimento, rompendo três “placentas” num ciclo que se renova sempre em espiral, até a sua autolibertação final da roda do carma.

 

Vamos ver o que são esses três nascimentos:

 

A) Ao romper a placenta que lhe permitiu viver alguns meses no corpo da mãe, a alma imortal nasce para a vida física e adquire um novo corpo. Durante os primeiros sete anos de vida, você aprenderá gradualmente a se associar ao novo corpo e a direcioná-lo para o “novo mundo”.

 

B) Setenta, noventa ou cem anos depois, você chega ao outro extremo da vida. Ao libertar-se do velho e desgastado corpo físico (agora transformado numa segunda placenta), a própria alma humana nasce no mundo mais sutil da vida astral.

 

C) Finalmente, ao romper sua casca astral, algum tempo após a morte física, a alma imortal começa a se preparar para nascer no Devachan, a “casa dos deuses”. Lá você viverá um descanso feliz até chegar a hora de se preparar para um novo nascimento no plano físico. Isso acontecerá quando a individualidade “despertar” do Devachan, entre mil e quatro mil anos após a morte física, em média.

 

Fica claro, a partir do estudo da reencarnação ensinada pelos mestres do Himalaia, que existe uma relação direta entre o curso da vida física e o curso da vida após a morte. E uma das lições práticas deste estudo é que, como a vida após a morte é imensamente mais longa que a vida física, vale a pena fazer um esforço concentrado para alcançar a paz e a sabedoria interiores. Isto estabelece uma tendência firme na direção certa, que se desenvolverá ao longo dos próximos milhares de anos. Para estar à altura deste desafio e desta oportunidade, o aprendiz deve ouvir o seu coração e agir de acordo com a voz da sua consciência. Mas também é aconselhável estudar e refletir sobre o funcionamento das leis ocultas do universo, incluindo a lei do carma e da reencarnação. O processo de reencarnação está relacionado com a lei mais ampla da manifestação periódica da vida. Esta lei se aplica tanto aos seres humanos quanto aos animais, às plantas, aos planetas e ao próprio universo. Sua abordagem se dá por meio da chamada Doutrina dos Ciclos.

 

(Carlos Cardoso Aveline)

 

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Fragmento da revista “The Aquarian Theosophist”, março de 2022, pp. 8-9. A edição completa pode ser lida aqui: https://www.carloscardosoaveline.com/el-teosofo-acuariano-marzo-de-2022/

 

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