UMA SABEDORIA UNIVERSAL
Em essência, todas as religiões e filosofias têm muito em comum. Uma sabedoria única e universal tem guiado a humanidade desde o seu surgimento.
O conhecimento divino assume diferentes roupagens e aparências em diversas culturas, à medida que as circunstâncias e os momentos históricos mudam. É invisível aos olhos, ou seja, “escondido”. Para ter acesso a ela é preciso superar a tendência às simplificações mentais.
Existem esquemas pedagógicos fechados que só funcionam de cima para baixo e nos levam a acreditar em dogmas inquestionáveis e a obedecer cegamente. Procuram enquadrar institucionalmente o aluno, transformando-o num “membro do rebanho”, em vez de lhe permitir investigar a verdade universal, que o liberta porque está para além das formas externas.
Em compensação, o esquema pedagógico da filosofia esotérica é firme mas transparente, aberto à discussão, e dá-nos instrumentos através dos quais podemos entrar em contacto com os níveis mais elevados da nossa própria consciência.
A prática do pensamento filosófico e a ampliação e aprofundamento da nossa percepção da vida nos permite perceber o que é joio e o que é trigo nas diferentes religiões e filosofias. É preciso guardar a essência e descartar a casca. Hoje, a maioria faz o contrário.
Embora ainda conhecida por relativamente poucas pessoas, a teosofia é o mais antigo e principal corpo de conhecimento filosófico universalista existente. Não há nada comparável à teosofia publicada no final do século XIX, nem mesmo do ponto de vista bibliográfico, em termos de quantidade e qualidade de obras escritas.
Não existe outra chave tão clara e eficaz para desmantelar a Torre de Babel da fragmentação do conhecimento humano, nem na filosofia clássica, nem na filosofia moderna, nem em qualquer religião. Não há outra demonstração abrangente e precisa da unidade interna dos diversos campos do conhecimento além daquela que é apresentada nas obras assinadas por Helena Blavatsky e nas cartas dos Mestres de Sabedoria, ou Mahatmas.
(Carlos Cardoso Aveline)
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Fragmento da revista “The Aquarian Theosophist”, maio de 2024, pp. 14-15. A edição completa pode ser lida aqui: https://www.carloscardosoaveline.com/el-teosofo-acuariano-030-mayo-de-2024/
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