Cousteau & Alma Novaes
Prece e destino
Voa em liberdade,
Sacia as asas de céu,
Voa, o mundo é ateu
tão sem idade.
Voa amor voa
Para longe dos grilhões
Que os olhos que te vejam
Sejam os das multidões
Voa meu pássaro louco
Falcão, águia, amor mais alto
Que o mundo quer te feliz
Não faças caso das bruxas
Larga visões esdrúxulas
Não nasceste para a cruz.
Vem, meu querido, plana
Que lugar nenhum te prenda
Te ostracize entre paredes!
Já te vejo na minha leira,
bordada da memória
que tenho do teu carinho,
Desenhei a nuvem
para estares à minha beira
O teu coração nasceu livre.
Que ninguém te ponha teto
estribo, freio,
Que ninguém te faça ninho
e a paz te seja seio,
Nasceste pra ser poeta
Vem amor, voa comigo
Te peço, não te demores
Faz te pó, levanta e sacode
essa cauda de cometa
Que o céu te aguarda
em prece
Juntos na reconstrução
da paz,
nos nós do destino,
num voo pleno.
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