Porto Sentido


Ambos grandes. Ambos apaixonados pela música, de gerações diferentes, porém, com a música na união das suas paixões. Este Porto sentido (1986), um hino a todos os portuenses. A esta cidade cultural onde se perde o hoje no ontem, tão graças à sua multidiversidade de artes e talentos.

Quem vem e atravessa o rio
Junto à Serra do Pilar
Vê um velho casario
Que se estende até ao mar
Quem te vê ao vir da ponte
És cascata são-joanina
Erigida sobre um monte
No meio da neblina
Por ruelas e calçadas
Da Ribeira até à Foz
Por pedras sujas e gastas
E lampiões tristes e sós
E esse teu ar grave e sério
Num rosto e cantaria
Que nos oculta o mistério
Dessa luz bela e sombria
Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vez
Em cada regresso à casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa
Ver-te assim abandonado
Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado
De quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vez
Em cada regresso à casa
Rever-te nessa altivez
De milhafre ferido na asa

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