A ATMOSFERA MENTAL SUPERIOR
Toda psicosfera possui certo grau de “pressão atmosférica”, ou seja, força ou coesão em sua aura. Quando a força da “atmosfera individual” é maior que a “pressão atmosférica externa”, o estudante de Teosofia irradia naturalmente ao seu redor a sinceridade que cultiva dentro de si. E se houver falta de firmeza no estado de espírito diante da pressão psicoatmosférica externa, a aura do indivíduo é invadida por pensamentos estranhos de natureza inferior.
A conclusão prática é inevitável. O peregrino deve estar aberto aos pensamentos nobres e fechado aos pensamentos ignóbeis.
Com esta prática e este discernimento ele assume as rédeas do seu próprio destino e lança as bases da sabedoria.
Do ponto de vista técnico, a atmosfera de quem busca a verdade é mais sutil e parece mais frágil do que a atmosfera criada pelos pensamentos inferiores. Ela é certamente mais sensível. Isto explica, em parte, o sentimento de superioridade que os céticos e os materialistas frequentemente têm em relação ao mundo espiritual.
No nível físico, por exemplo, a pressão atmosférica do ar é maior quanto menor a altitude. No topo de uma montanha, a pressão atmosférica é muito mais baixa do que ao nível do mar. Quem está acostumado a viver em baixas altitudes sente falta de ar ao subir ao topo dos Andes ou do Himalaia. O coração dispara. A força física diminui. Pode haver tontura.
Algo equivalente acontece no mundo astral. Os pensamentos superiores têm uma força menos densa que os pensamentos inferiores. A pessoa acostumada a pensamentos egoístas sente tédio numa atmosfera filosófica.
Por outro lado, a sensibilidade sutil da atmosfera mental superior é compensada por uma obstinação fortalecida, que estabelece hábitos físicos e emocionais corretos.
(Carlos Cardoso Aveline)
000
Fragmento da revista “The Aquarian Theosophist”, maio de 2022, p. 16. A edição completa pode ser lida aqui: https://www.carloscardosoaveline.com/el-teosofo-acuariano-mayo-de-2022/
Comentários