Eneia Veredas
Proscritos
Tenho por inimigos
ex-amigos velados
que se dissimulam entre a noite
e a cobardia!
Não me escondo de vós
eis-me aqui,
no que vós desconheceis,
a valentia de ser
que ninguém, em nada apagais.
Gravai o meu nome
e o meu rosto
ele vos terá serventia
para que, um dia,
vos inspirardes,
se vos fizerdes gente,
eis-me aqui, na porta da frente
Venham todos ter comigo
Mas não me matem já,
primeiro direi quem sois...
Conheço-vos a todos
Ainda que não suspeitais.
Um último apelo vos faço
na minha soberania
da vossa escusa personalidade
vos li, vos afastei
como já diz a profecia
Sois a vergonha da verdade
Sois o luto do nefasto!
A tão solene hipocrisia
Atirai a pedra e escondei a mão,
assim já reza a história
da vossa potestade!
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