COMO JULGAR MELHOR




 Julgar é o que fazemos antes de tomar decisões. Toda decisão é baseada em algum tipo de julgamento. Portanto, é inútil fingir que não julgamos pessoas ou situações. Nós fazemos isso o tempo todo.

 

Porém, a ideia de julgar inclui o dever de ser justo e imparcial. Dá-nos a oportunidade de estarmos atentos aos factos, prática que é muito benéfica, antes de mais, para nós próprios.

 

É preciso observar os vários aspetos da realidade antes de fazer um julgamento correto. O ponto de vista deve estar aberto à aceitação de novos fatos.

 

A realidade é dinâmica. Ela muitas vezes surpreende as pessoas e muitas vezes derrota aqueles que constantemente se recusam a ver os fatos ou amam a conveniência e o conforto mais do que a verdade e a sinceridade.

 

Cometeremos erros ao julgar situações e pessoas. Podemos aprender com nossas derrotas. Neste sentido, os nossos fracassos podem constituir um tesouro imenso.

 

Julgamentos corretos são feitos quando há um sentimento de responsabilidade individual. Precisamos de coragem para olhar honestamente para os nossos erros e para os erros dos outros, e de determinação para fazer sempre o nosso melhor.

 

A capacidade de transcender o relativismo moral é inevitável se quisermos fazer um progresso real no caminho da sabedoria.

 

Tomar decisões duradouras sobre o que é certo e o que é errado nos dá uma noção precisa da realidade. Lavar as mãos em relação a questões éticas é uma coisa suja de se fazer. Aquele que se recusa a julgar com firmeza e transparência confessa a sua cegueira e irresponsabilidade para com o carma.

 

Se alguém tem sentimento de respeito pela ideia de fraternidade universal e busca o bem da humanidade, deve dizer “não” ao oposto da ética e da justiça.

 

(Carlos Cardoso Aveline)

 

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Fragmento da revista “The Aquarian Theosophist”, julho de 2024, pp. 21-22. A edição completa pode ser lida aqui: https://www.carloscardosoaveline.com/el-teosofo-acuariano-032-julio-de-2024/

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