O RECURSO DO TEMPO

 



Qualquer momento é apropriado para planejar cuidadosamente o uso do tempo. Porém, é preciso ter capacidade interior para observar com calma o ritmo atual de nossas atividades, para então decidir onde e como modificar a rotina e aproveitar da melhor forma possível esse recurso limitado e de enorme valor.

 

“Água velha não move moinho”, diz o ditado. Na verdade, o tempo pode ser considerado um recurso natural em grande parte não renovável. A utilização correta do tempo misterioso – talvez o mais valioso dos recursos naturais – é um dos grandes desafios dos cidadãos em todos os tempos. Vivemos hoje sob a ditadura dos relógios e a sensação de que o tempo é curto é quase universal nos dias de hoje. Somos interrompidos a todo momento durante algumas de nossas atividades. É por isso que nem sempre é fácil viver profundamente ou descobrir que, como almas espirituais, teremos o tempo eterno à nossa disposição se usarmos o tempo de curto prazo com um pouco de sabedoria.

 

Apesar dos obstáculos criados pela nossa própria ignorância, é provavelmente possível para cada um de nós planear e utilizar o nosso tempo de forma mais inteligente.

 

A solução é definir o nosso próprio rumo para as nossas vidas e não nos deixarmos levar aqui e ali por pressões de curto prazo. Talvez um dos primeiros passos seja descrever por escrito, num caderno, as metas para os próximos doze meses, ou para a próxima década. O simples ato de escrever parece dar mais clareza às nossas ideias. Mas também é fundamental avaliar periodicamente os resultados obtidos, revendo e atualizando as metas com base em novos fatos e na experiência adquirida. Planos eficientes são flexíveis e abertos às possibilidades do futuro, incluindo o agradável e o desagradável.

 

O tempo é parcialmente renovável porque é cíclico. Ao longo do seu desenvolvimento, velhas oportunidades ressurgem renovadas, em determinadas ocasiões. Ainda assim, é melhor fazer o melhor uso deste recurso limitado. Aos poucos, este esforço nos dará uma visão clara, capaz de identificar e aproveitar as oportunidades escondidas que estão sempre ao nosso redor; e também reconhecer as grandes oportunidades que só se apresentam em determinados momentos especiais.

 

(Carlos Cardoso Aveline)

 

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Fragmento da revista “The Aquarian Theosophist”, julho de 2022, pp. 9-10. A edição completa pode ser lida aqui: https://www.carloscardosoaveline.com/el-teosofo-acuariano-008-julio-de-2022/

 

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